
Fala pessoal! Hoje vamos discorrer um pouco sobre este assunto tão relevante quanto polêmico: comprar um carro novo, que não vai me dar dor de cabeça com manutenção, ou um carro usado, que precisa de mais atenção para não me deixar na mão?
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!Já pensou em ter um carro novo? Eu creio que sim; eu também já pensei. Porém, quando se trata de economia, temos que pensar ainda mais, pois um carro é um dos itens mais relevantes no orçamento familiar, principalmente se for financiado — o que não recomendo, e falarei mais adiante o meu ponto de vista sobre isso. Mas sei que essa é a realidade em praticamente 90% dos casos de compras de automóveis no Brasil.
Não quero entrar na esfera do sonho pessoal: “Eu sempre quis um carrão novo; é o meu sonho”. Sei que muitos têm vários sonhos de consumo, e o carro é um deles para a maioria. Contudo, abordarei o tema como economia no orçamento familiar. Vamos refletir!
Hoje, quando escrevo este texto, os carros novos estão cada vez mais distantes dos brasileiros. Os preços dos carros novos dispararam após a pandemia, deixando esse “sonho” cada vez mais longe.

Alguns dias atrás, dirigindo, estava eu e minha esposa, e vimos um belo carro. Minha esposa exclamou: “Que carro bonito! Quanto será que custa?”. Fomos para o Google, e o modelo de entrada estava acima de R$130.000,00. Há alguns anos, esse modelo de carro, ou similar, era encontrado em torno de R$60.000,00 ou R$70.000,00. Aí pensei: precisamos de um carro assim, ou o nosso, que está em bom estado, atende às nossas necessidades?
Vamos para umas contas rápidas: um financiamento de carro de R$130.000,00, para um brasileiro que ganha entre R$4.000,00 e R$8.000,00, que quer realizar o sonho de comprar o carro zero. Partindo da premissa da realidade dos brasileiros, que não têm um grande valor para dar de entrada, suponhamos que ele consiga dar uma entrada de R$40.000,00 — até alta — e financie R$90.000,00. Este valor, simulado em 60 vezes, com a entrada mencionada, e com uma taxa de financiamento de 1,30%, que é uma taxa razoável (lembrando que cada um consegue uma taxa diferente, dependendo do cliente, do seu relacionamento com a instituição e de outros fatores), teria prestações de aproximadamente R$2.200,00.
Sinceramente, quando fiz esta simulação, achei até baixo o valor. Quando fazemos um financiamento, são embutidas taxas e impostos sobre o valor financiado, que aumentam muito o valor das prestações. Porém, com base nesse valor, vamos comparar o impacto no orçamento familiar: para um brasileiro que ganha R$4.000,00 por mês, fica inviável gastar mais de 50% do orçamento só com o carro, isso sem contar o valor com combustível. Já com um orçamento de R$8.000,00, uma parcela de R$2.200,00 corresponde a 27,5%, que também é um percentual considerável.
Voltando ao fator economia: imagina não pagar prestação alguma? Em vez de pagar uma entrada de R$40.000,00, na minha opinião, a melhor opção seria comprar um carro de R$40.000,00 e não pagar prestações.
Um amigo comentou comigo que estava querendo trocar de carro, e sua primeira opção seria dar seu carro de entrada e financiar outro mais novo. Segundo ele, o carro antigo, já quitado, estava tendo uma manutenção de R$2.000,00 a R$3.000,00 por ano. Essa manutenção leva em conta pneus, amortecedores e outros itens básicos.
Levando em consideração um valor de R$3.000,00 por ano, que corresponde a R$250,00 por mês, e pensando bem, todo carro, sendo novo ou velho, terá que passar por manutenção. Logo, é muito melhor continuar pagando R$250,00 em vez de R$1.500,00 ou R$2.000,00 por mês — uma economia de R$15.000,00 a R$21.000,00 por ano. Esse valor pode ser utilizado para investimentos, criação de uma reserva de emergência, ficar com as contas em dia e preparar um futuro melhor ou comprar o tão sonhado carro à vista.

Como disse, financiar um veículo não é a melhor opção. Se optar por trocar de carro, opte por pagar à vista. Se já financiou, pague o mais rápido possível e se livre dos juros dos bancos. Pague juros para você mesmo, investindo e ganhando.
Cada um tem suas necessidades; alguns não precisam nem de carro. Hoje, porém, no meu caso, eu preciso de um carro para me locomover, e para isso não preciso do mais caro, mas de um que me atenda. Disponibilizar os recursos economizados em meus investimentos traz tranquilidade e bem-estar, além da consciência de estar fazendo a coisa certa.
Cada um com seu limite de orçamento, seus desejos e suas prioridades. Escrevo este post com o intuito de mostrar uma forma de ver as coisas, numa perspectiva com o foco na economia do lar e na prioridade de não ficar devendo.
Para as pessoas que ganham salários superiores a R$15.000,00, essas prestações não fazem muita diferença em seu orçamento, se estiverem com boa saúde financeira. Porém, ao comparar as taxas de financiamento de veículos e a renda fixa, ainda assim é preferível juntar e comprar à vista. O valor do financiamento é superior aos lucros em investimentos seguros e previsíveis.
Portanto, programe-se, invista, junte e não financie seu sonho; compre-o à vista.