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Antes de começar vamos acompanhar o Contexto histórico da Selic

Aqui estão alguns marcos da taxa Selic nos últimos anos:

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  • 2015-2016: 14,25% (patamar elevado devido à crise fiscal e inflação alta)
  • 2017-2019: Redução gradual até 4,50%
  • 2020-2021: Mínima histórica de 2,00% (para estimular a economia na pandemia)
  • 2022-2023: Aumento agressivo até 13,75% devido à inflação global e política monetária mais restritiva
  • 2024 -2025 : Taxa de 14,25 com projeção para 15% ao ano.

Ou seja, uma Selic de 14,25% só foi vista em momentos de crise e inflação elevada. Em um cenário normal, o Brasil tende a operar com juros entre 6% e 10% ao ano.

Agora vamos ao que interessa…

A marcação a mercado impacta diretamente os preços dos títulos públicos negociados no Tesouro Direto, especialmente os de longo prazo. Esse efeito ocorre porque a valorização ou desvalorização dos títulos é influenciada pelas variações na taxa de juros do mercado secundário.

O que é marcação a mercado?

A marcação a mercado ajusta o preço dos títulos diariamente com base nas condições atuais de oferta e demanda, refletindo a taxa de juros vigente no momento. Isso significa que o valor de um título pode oscilar ao longo do tempo, mesmo que o investidor não tenha intenção de vendê-lo antes do vencimento.

Impacto nos títulos longos

Os títulos de prazo mais longo, como o Tesouro IPCA+ 2060 e o Tesouro Prefixado 2035, sofrem oscilações mais intensas porque são mais sensíveis às mudanças na taxa de juros. Isso ocorre devido ao duration (prazo médio ponderado pelo fluxo de pagamentos), que é maior nesses papéis.

Se os juros sobem, os preços dos títulos caem, pois novos papéis são emitidos com taxas mais atrativas.
Se os juros caem, os preços dos títulos sobem, pois os papéis antigos passam a oferecer uma rentabilidade maior em comparação ao mercado.

Risco para o investidor

  1. Oscilações no curto prazo: Se o investidor precisar resgatar o título antes do vencimento, pode vender com prejuízo em um momento de alta dos juros.
  2. Oportunidade de ganhos: Quem compra títulos longos quando os juros estão altos pode lucrar com a valorização caso as taxas caiam no futuro.

A marcação a mercado traz volatilidade para os títulos de longo prazo do Tesouro Direto, tornando-os mais arriscados para quem não pretende levar até o vencimento. No entanto, para quem entende esse mecanismo e tem um horizonte de investimento adequado, pode ser uma excelente oportunidade de ganho no longo prazo.

Exemplo

Vamos calcular o impacto da queda da taxa de juros em um título Tesouro IPCA+ 2060 com taxa inicial prefixada de 7,39% ao ano. Se a taxa de juros cair 2 pontos percentuais (para 5,39%) nos primeiros dois anos, o preço do título se valoriza significativamente.


Passo 1: Entender a precificação do título

Os títulos do Tesouro IPCA+ são precificados com base na fórmula do Valor Presente dos seus fluxos de pagamento (cupons + valor de face), descontados pela taxa de juros vigente.

A relação entre a taxa de juros e o preço do título segue a lógica inversa:

  • Quando os juros caem, o preço do título sobe.
  • Quando os juros sobem, o preço do título cai.

Títulos de prazo mais longo são mais sensíveis a essa variação por causa do duration elevado.


Passo 1: Premissas

  • Título: Tesouro IPCA+ 2060
  • Taxa inicial: 7,39% ao ano
  • Nova taxa após 2 anos: 5,39% ao ano
  • Valor de face: R$ 1.000,00 (para facilitar o cálculo)
  • Prazo inicial: 40 anos (2060 – 2020)
  • Prazo após dois anos: 38 anos

Preço inicial

Passo 2: Cálculo do preço inicial

O preço do título é dado pela fórmula do valor presente: P=VF/(1+r)^n

P inicial​=1000/(1,0739)^40​

P inicial​≈66,81

Novo Preço passando 2 anos e uma queda de 2 pontos percentuais

Passo 3: Novo Preço Após a Queda dos Juros para 5,39%

Agora, aplicamos a nova taxa real de 5,39% ao prazo restante de 38 anos: Pnovo=1000/(1,0539)^38

Preço novo≈130,50


Conclusão

Se o investidor comprou esse título no início e decidiu vendê-lo após essa queda na taxa de juros, ele poderia lucrar até 80% de valorização no preço do título, sem precisar esperar até o vencimento.

Essa valorização expressiva é um dos grandes atrativos dos títulos Tesouro IPCA+ de longo prazo, mas também mostra o risco da marcação a mercado caso os juros subam ao invés de cair.

Desmistificando a relação entre taxa e valorização do título

Muitas pessoas acreditam que, quando a taxa de juros do Tesouro IPCA+ cai, a rentabilidade do título aumenta porque ele “passa a pagar mais”. Mas isso não é verdade! O que realmente acontece é que o preço do título sobe, tornando-o mais valioso no mercado secundário.

O título não começa a pagar um juro maior! Ele continua rendendo exatamente aquilo que foi contratado no momento da compra, ou seja, IPCA + 7,39% ao ano (se você comprou com essa taxa). O que muda é o preço de negociação do título no mercado.


Por que o preço do título sobe quando os juros caem?

O motivo é simples: imagine que você comprou um título que paga IPCA + 7,39%. Se a taxa do mercado cai para IPCA + 5,39%, os novos títulos que forem lançados pagarão uma taxa menor. Isso significa que o seu título antigo, que tem uma taxa mais alta, fica mais atraente para outros investidores. Como consequência, o mercado está disposto a pagar mais caro por ele.

Resumindo: ✔ Juros caem → Títulos antigos são mais valiosos → O preço do título sobe
Juros sobem → Títulos antigos são menos atrativos → O preço do título cai


O que isso significa na prática?

1️⃣ Se você levar o título até o vencimento, o que importa é a taxa que você contratou no momento da compra. Você receberá IPCA + 7,39% ao ano até o final.
2️⃣ Se você quiser vender antes, pode lucrar ou perder dependendo da variação da taxa de juros. Se os juros caíram, seu título vale mais e você pode vender com um ótimo lucro. Se os juros subiram, seu título vale menos e a venda antecipada pode resultar em prejuízo.

Conclusão final: A remuneração do título não sobe quando a taxa cai! O que sobe é o preço do título no mercado, porque ele se torna mais desejado. Isso é fundamental para entender como funciona a marcação a mercado e tomar decisões mais seguras no Tesouro Direto.

Este post não é uma recomendação de investimento, mas sim uma demonstração de como pode ser vantajoso, quando entendemos todas as possibilidades disponíveis. Antes de fazer qualquer aplicação avalie os riscos e seus objetivos.

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